Se minha biblioteca publicasse

Esta publicação coletiva é resultante da oficina "Se minha biblioteca publicasse" que aconteceu online em novembro de 2020. A partir de imersão nas bibliotecas pessoais dos participantes e nos arquivos virtuais do Publication Studio São Paulo e da Casa do Povo, foi proposta uma reflexão sobre a relação entre a leitura e o ato de publicar. Ao se propor a leitura como exercício coletivo e se considerar a publicação como verbo – ação de tornar público leituras de mundo – o que publicamos a partir da reativação das nossas bibliotecas? Que leituras surgiram a partir das relações entre bibliotecas? Quais novos sentidos se apresentam quando reunimos leituras a serem publicadas? Esses questionamentos perpassaram os encontros da oficina e aqui podemos ver as experimentações realizadas.

Participantes

Anderson Oliveira é pesquisador e curador independente. Mestrando em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e aluno da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Livros consultados: Afrotopia, Felwine Sarr, N-1 Edições, 2019. Anna Bella Geiger - Fotografia Além da Fotografia 1972/2008, Adolfo Montejo Navas ( Org. ), Caixa Cultura, 2009. Brasil: nunca mais, Dom Paulo Evaristo Arns, Vozes, 198. Cildo Meireles - Multiplos Singulares (catálogo), Multiplo Espaço Arte, 2019. A contracultura, entra a curtição e o experimental, Celso Favaretto, N-1 Edições, 2019. Dicionario Oxford Escolar para Estudantes Brasileiros de Ingles, Oxford, 2012. Minidicionario Aurelio da Língua Portuguesa, Nova Fronteira, 1993. Ocupação Angel Vianna (catálogo), Itaú Cultural, 2018. Pedagogia das encruzilhadas , Luiz Rufino, Mórula Editorial, 2019. Pele Negra Máscaras Brancas, Frantz Fanon, EDUFBA, 2008. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, Davi Kopenawa e Bruce Albert, Companhia das Letras, 2010. Vidas Secas, Graciliano Ramos, Record, 1986.

Anna Thereza é professora na educação básica pública, mestre em museologia e patrimônio, doutoranda em Ciências Sociais e flanadora.

Livros consultados: Insit. Cultural Israelita Brasileiro ICIB, ano 1, nº1 – fac-símile que acompanha a publicação “Assim elas comemoram a vitória”, Casa do Povo e Edições Aurora / Publication Studio São Paulo, 2017. Às armas, cidadãos! Panfletos manuscritos da independência do Brasil (1820-1823), José Murilo de Carvalho, Lúcia Bastos e Marcelo Basile (orgs.), editora UFMG, 2013. Os cartazes desta história, Vladimir Sacchetta (org.), José Luiz Del Roio e Ricardo Carvalho, Escrituras, 2012. Livros Proibidos, idéias malditas, Maria Luiza Tucci Carneiro, Estação Liberdade, 1997.

Daniela Marques

Livros consultados: Co-sentindo com Ternura Radical, Dani d’Emilia, Vanessa Andreotti, Coletivo GTDF, Publication Studio São Paulo, 2020. Produção estética: notas sobre roupas, sujeitos e modos, Rosane Preciosa, Editora Anhembi Morumbi, 2005.

Fito Sudaca é artista visual, arte-educador e investigador. Pernambucane, originária de Arcoverde. Tenho como matriz principal de minha formação a Cultura Popular do Nordeste brasileiro.

Livros consultados: El arte nuevo de hacer libros, Ulises Carrión, Univ. Nac. Autónoma de México, 2012. Inflexões Éticas, Thiago Teixeira, Senso, 2020. El artista y la época, José Carlos Mariátegui, Amauta, 1959. El fin de lo que no tisne fin, Boaventura S. Santos, Publication Studio São Paulo, 2019. Por que não houve grandes mulheres artistas?, Linda Nochlin, Edições Aurora / Publication Studio São Paulo, 2016.

Jean Camoleze é educador e historiador, especializado em Educação do Campo e doutorando e mestre em Ciência da Informação pela UNESP/Marília. Atualmente é Coordenador de Acervos da Casa do Povo e trabalha com projetos referentes a "Arquivos e Movimentos Sociais"

Mariana Lanari é editora, artista e pesquisadora, mestre em artes pelo Sandberg Instituut, doutoranda na Amsterdam School for Heritage and Memory / University of Amsterdam, com pesquisa na área de humanidades digitais sobre acesso e interface de leitura em bibliotecas físicas e digitais. É vocalista na banda Rainbowpeel474.13, idealizadora da exposição Voz Ativa Biblioteca Social (Casa do Povo, 2019) e parte do projeto Arquivo em Movimento em parceria com Remco van Bladel. É membra do ARIAS – Amsterdam Institute of the Arts and Sciences, membra do conselho do arquivo da De Appel em Amsterdam e do DAAP – Digital Archive of Artists Publishing.

William Magalhães é paulistano, capricorniano, formado em jornalismo e cursou dramaturgia na SP Escola de Teatro.

Livros consultados: A ilha de Sacalina, Anton Tchékhov, Todavia, 2018. Nove noites, Bernardo Carvalho, Companhia das Letras, 2015. Oblómov, Ivan Gontcharóv, Companhia das Letras, 2020. Testo Junkie, Paul B. Preciado, N-1 Edições, 2018.

Facilitadoras da oficina: Laura Daviña, Laura Viana, Marina Marchesan e Marina Zilbersztejn

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